quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Os olhos ardentes





Quando a luz se apaga, aqueles olhos ardentes, que me chamam, me clamam, me amam. Um estreito parapeito de luz batendo no canto da parede, nossos corpos refletindo, nossos sussurros ecoando.


Um sentimento lá fora bate, fora da janela. Impalpável e indelével. 



Dedos em curvas nas costas do outro, a cada elevação de pele, um afago. Os cabelos enrolados, os olhos fechados, os olhos ardentes.


Depois vem o sorriso, aquele sorriso malicioso. Pele nua, a cabeça arcada pelos beijos na nuca. O pedido sem fim de um continuar, um laço frenético ao luar. Os olhos ardentes.

Corpo a corpo, fitando quente.

A calmaria.
O descanso.
Os olhos fechados. Os olhos ardentes. Os olhos ardentes agora pensos.

O gozo.

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